Espaço das Tecnologias de Informação e Comunicação

<font color=0094E0>Liberdade e democracia na rede</font>

No Pavilhão Central funciona, uma vez mais, o Espaço das Tecnologias de Informação e Comunicação, as célebres TIC. Este ano, subordinado ao tema «liberdade e democracia», um assunto nada virtual.
O tema dá para um debate demasiado amplo para caber nestas páginas. E é também, seguramente, abrangente demais até para se esgotar nos três dias da Festa do Avante!.
Mas a verdade é que a liberdade e a democracia também se defendem aqui, no mundo – real – da Internet e dos programas informáticos. A exposição patente nesse espaço aborda algumas das formas como a liberdade e a democracia se relacionam com as tecnologias de informação e comunicação.
Para Sofia Grilo, do grupo de trabalho das TIC, a Internet «pode ser libertadora, dependendo da forma como a utilizamos». Na mostra serão referidas as questões da democratização do acesso, relacionada, por exemplo, com o preço do serviço. A formação e a preparação para a utilização massiva da Internet são outras questões em destaque.
Sofia Grilo revelou ainda que a exposição contribuirá para desmascarar a propaganda do Governo em torno da banda larga e da distribuição de computadores a alunos do 1.º Ciclo, a professores e, agora, aos estudantes do programa «Novas Oportunidades». Em sua opinião, trata-se de uma «negociata» com as operadoras de telecomunicações. «É uma forma de fidelizar clientes e não é, de todo, gratuito», acusa.

Pro­to­colos

Os protocolos do Estado português com a Mi­cro­soft, anunciados com grande pompa, também serão alvo da crítica dos comunistas. Segundo Sofia Grilo, esta multinacional está a apostar em protocolos com os estados para penetrarem mais profundamente no mercado desses países. E, nomeadamente, nos sistemas de ensino. Na escola, as crianças não são ensinadas a trabalhar com folhas de cálculo mas com o programa Excel, da Microsoft, por exemplo. O mesmo se passa com os processadores de texto.
Aliás, quando se compra um computador este vem já com software da Mi­cro­soft. É a liberdade de escolha que fica posta em causa, acusa Sofia Grilo.
É também a própria soberania nacional a ser posta em causa com estes protocolos, alertou. A concepção, actualização e os códigos de acesso das bases de dados do Estado português estão nas mãos daquela multinacional. O que significa que, pelo menos em teoria, o Estado perde o controlo das operações realizadas com esses dados.
A presença do Partido na Internet, desde o renovado sítio central aos vários sítios regionais, e a disponibilização do Avante! clandestino estarão também em destaque. No auditório do Pavilhão Central, realizam-se dois debates: um sobre TIC e luta dos trabalhadores e outro sobre «Tecnologia, democracia e comunicação social».
Durante os três dias, decorrerão demonstrações de instalação e utilização de software livre. Será ainda editada a versão 5.0 do Ko­munix, baseada no Ubuntu, e a versão 3.0 do Alter CD, que agrupa várias aplicações de software livre para um sistema operativo proprietário. Tudo isto num só DVD.

Jogar Co­mu­na­quizz

Novidade na edição deste ano da Festa do Avante! é o Comunaquizz, um jogo electrónico de perguntas e respostas. Os temas são «Liberdade e Democracia», «História do PCP», «História do movimento operário internacional», «25 de Abril» e «Marxismo-leninismo».
No espaço das TIC serão colocados cinco pontos onde será possível jogar, individualmente ou em grupo. Este jogo será depois editado em CD. A iniciativa nasceu da Secção de Informação e Propaganda (SIP) da Direcção da Organização Regional de Lisboa do Partido e está a ser desenvolvido em parceria com o grupo de trabalho das TIC.


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